sexta-feira, agosto 24, 2012

Maio

Rabisquei as veias
Lindas do papel
A caneta não se aguentou
Tudo manchou
Negro sangue rubro
Que explode em choro
A verter esperanças
Perdido sonho que
No inverno nasceu
ao morrer em dois
Dias de maio.

quarta-feira, julho 25, 2012

Tentativa à um poema


No escuro céu, uma linha corta
clara, bela e torta a contorcer.
Sob o véu, o olhar que triste me sorri,
não sei se a mim, guia ou perde.

Delicada e rosea senda, por andar,
o sangue a verter-se, fim a alcançar.
Sonante caminho, trilhando o medo,
perdeu-se entre sangue e espadas.

De um torpe ocidente, nasces qual aurora
a encantar uma noite morta, esperança.
De um sol, o dia valer cada pena, a se pagar.

Oh! musas, ensinai-me a esta por amor ter
de trilhos e sendas, conduzir, qual arte, a vida
em que sonho e fato derretem-se em tal ato.


Braz, 25 de julho de 2012

sábado, maio 12, 2012

Minha Pequena Princesa, Revisto.


Tanto a dissertar. Amor, política, vida.
E ainda sinto tua falta, meu tudo.
Respostas vazias de encontros nulos.
Cumprimentos quiméricos fazem o dia.
Amigos? Cade eles?! Cade as juras, as promessas?!
Meu coração verte minha vida em supostos amores.
amores!
Solidão, esta é resposta certa.
Não importa se é a felicidade que eu procuro. Ela
apenas existe em um sonho ilusório de uma realidade
obscura.
Escuro. Frio. Profundo.
Assim eu caio, sem minhas asas, sem tu para me segurares.
Dependente de ti, confesso. Mas que sejas, de ti
que venha a faca para rasgar minha carne e perfurar meu coração.
Pois assim essa morte poder-me-ia ser amada.
Amada por ser sua força a me destroçar, a me fazer em pedaços.
Mas me fazendo em pedaços talvez você me inteire, já que sem ti
sou um vitral quebrado.

Mas como eu ser abissal poderia lograr tal felicidade feérica
ao teu lado? De que sou digno se nem a vida eu mereço?
Mas ainda sonho, não ligo para os cortes, para o sangue
que já tinge o chão de escarlate.
Se para te ter eu tiver que secar o que sou, virarei pó por ti.
Mas que sejam de tuas palavras, o não que matara meu ser.

segunda-feira, maio 07, 2012

De tanto negar...

De tanto negar, fartou-se o coração
e o amor acabou.
De tanto sofrer, o portador acordou
e a amizade esfriou.
De tanto pensar, o pensador se afundou
e a razão se perdeu.
De tanto querer, o poeta sofreu
e a vontade morreu.

Domingo

Sonho, arauto da dor, por que continuas a me atormentar?
De nada importa se me derem lírios ou rosas,
Domingo vai ser perfeito, domingo vai ser apenas, domingo.

sexta-feira, abril 13, 2012

Desabafo


Não me tragam o amor, nem a beleza. Essa merda pútrida.
Que me afeta mais do que eu gostaria. Basta apenas um olhar.
Basta! Cansei disso tudo.
Não me venham mais com essas coisas de fofinho e que amor.
Tudo é abissal ou interesse. Somos todos feios, interesseiros e
                                                                            [egoistas.